A produção de leite é muito forte no setor agropecuário de Santa Catarina, onde só em 2020 o estado representou mais de 11% do leite de que foram entregues pelas indústrias lácteas no Brasil, superando os 3,15 bilhões de litros conforme dados do governo estadual, sendo o quarto maior produtor de leite no paÃs, concentrando 80% deste no oeste do estado.
O vice-presidente da Faesc (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina), Enori Barbieri, explica os fatores que implicam no lucro lÃquido dos produtores, mesmo com a elevação dos preços pagos que subiram nos últimos meses segundo o Conseleite.
No caso especÃfico do leite, é uma incógnita muito grande, eu vejo que os produtores têm a dificuldade de produzir mais leite com ração, pois ela está com um custo mais elevado e as indústrias de laticÃnios também tem a dificuldade de repassar preço porque o leite é ainda não é um produto de exportação e sim de consumo interno no paÃs que cai nos mesmos problemas das carnes, então as indústrias tem dificuldade de aumentar preços por conta deste mercado interno; destaca o Barbieri.
Para que a produção aumente e consequentemente os lucros aos produtores, a cadeia produtiva demanda de grandes investimentos, principalmente quando o fator climático não colabora com a produção de pastagens, elevando os gastos para suprir a alimentação dos animais através de rações.
Agora de tivermos chuvas regulares, os produtores de leite têm condições de produzir um leite mais a pasto em comparação a necessidade que tiveram no ano passado em função da estiagem. Tem uma pequena previsão de la niña, que isso significa falta de chuva prevista para o mês de outubro, então deve ter uma quantidade de chuvas menores na primavera no que o normal, mas também segundo os institutos meteorológicos, não será uma seca prolongada, será uma falta de chuva pontual. Então isso será diferente em relação ao ano passado, onde os produtores tiveram dificuldades na alimentação das vacas e tiveram problemas sérios de preço. Eu creio que se tivermos chuvas, o pessoal do leite que se adaptou melhor aos custos de produção, conseguirão sobreviver a mais um perÃodo difÃcil, é preciso que o leite busque um mercado de exportação para equilibrar um pouco os pagamentos aos produtores; complementa o vice-presidente da Faesc.