A Matriz de Risco Potencial Regionalizado divulgada neste sábado, 29, aponta 15 regiões classificadas como risco potencial alto (cor amarelo) e duas no nÃvel de risco moderado (cor azul). Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, apenas as regiões Alto Uruguai Catarinense e Extremo Oeste se mantiveram estáveis, permanecendo no nÃvel moderado (azul).
Houve piora nos indicadores das regiões Médio Vale do Itajaà e Xanxerê, que na semana anterior estavam classificadas no nÃvel moderado (azul) e passaram a ser classificados no nÃvel alto (amarelo), juntando-se as regiões do Alto Vale do ItajaÃ, Alto Vale do Rio do Peixe, CarbonÃfera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio ItajaÃ, Grande Florianópolis, Laguna, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense e Vale do Itapocu que se mantiveram no nÃvel alto (amarelo).
Os resultados do mapa de risco refletem o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 notificados nas quatro primeiras semanas de 2022, que tiveram reflexo na dimensão transmissibilidade, que monitora o número de casos ativos que foram notificados no perÃodo e a velocidade de transmissão. Todas as regiões do Estado estão classificadas no nÃvel gravÃssimo (vermelho), com o número de casos ativos alcançando 78.287 casos em todo o Estado, o maior registrado desde o inÃcio da pandemia.
Na dimensão de gravidade, que contempla os indicadores de mortalidade e tendência de internação por SÃndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em relação ao boletim anterior, houve melhora nos indicadores do Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Médio Vale do ItajaÃ, Meio Oeste e Oeste, que estavam classificados como nÃvel alto (laranja) no boletim anterior, e se juntaram a região de Xanxerê, que se manteve no nÃvel moderado (azul).
Também houve melhora na região CarbonÃfera, que estava classificada no nÃvel grave (laranja) no boletim anterior, e passou a ser classificado como nÃvel alto (amarelo), juntando-se à s regiões Alto Vale do ItajaÃ, Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio ItajaÃ, Grande Florianópolis, Laguna, Nordeste, Planalto Norte, Serra Catarinense e Vale do Itapocu. Portanto, observa-se que mesmo com o aumento vertiginoso no número de casos ativos, não houve impacto direto na internação e mortalidade por Covid-19.
Na dimensão Monitoramento, que reflete a cobertura vacinal e a variação semanal de casos, todas as regiões foram classificadas com risco moderado (azul), condição que mantêm em relação à semana anterior. Com mais de 5,3 milhões de pessoas que receberam as duas doses da vacina, a cobertura vacinal da população geral do Estado no dia 28 de janeiro de 2022 ultrapassou 73%. Apesar do grande número de casos notificados desde o inÃcio do ano, as elevadas taxas de cobertura vacinal do Estado têm contribuÃdo para, proporcionalmente, reduzir o impacto na gravidade dos casos.
Já em relação a capacidade de atenção, que monitora a taxa de ocupação de leitos de UTI adulto com pacientes em tratamento para Covid-19 em relação ao total de leitos disponÃveis em cada região, as regiões Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do ItajaÃ, Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Oeste, Vale do Itapocu e Xanxerê se mantiveram no nÃvel Moderado (azul), com taxas de ocupação abaixo de 20%.
Houve piora nos indicadores das regiões CarbonÃfera, Extremo Sul Catarinense, Médio Vale do Itajaà e Planalto Norte, que na semana anterior estavam como nÃvel moderado, e passaram a ser classificadas como nÃvel alto (amarelo), juntando-se à s regiões Grande Florianópolis e Laguna com taxa de ocupação de variando entre 20 a 39%.
Também foi observado piora nos indicadores das regiões Foz do Rio Itajaà e Serra Catarinense, que passaram a ser classificadas no nÃvel Grave (laranja), se juntando as regiões Meio Oeste e Nordeste, com taxas de ocupação variando de 40 a 59%.
Por fim, a região Oeste, que na semana anterior estava classificada no nÃvel Grave (laranja) passou a ser classificada nesta semana no nÃvel GravÃssimo (vermelho), com taxas de ocupação acima de 60%. Destaca-se que o Estado apresenta uma boa quantidade de UTI disponÃveis tanto para atendimento de pacientes com Covid-19, como para tratamento de demais patologias, sem comprometer a realização de cirurgias eletivas, por exemplo. Portanto, mesmo com a disseminação da variante Ãmicron por todo o Estado, não existe comprometimento da capacidade de atenção de alta complexidade no momento atual.
A análise desta semana demonstra a manutenção da taxa de crescimento de casos e óbitos por CoronavÃrus na última semana. Houve um aumento de 38% na taxa de casos de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias nesta semana (1.033,04 casos/100 mil hab), quando comparada com a semana anterior (747,08 casos/100 mil hab.). Em relação aos óbitos, houve um aumento de 138% na taxa de óbitos confirmados de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias (2,46 óbitos/100 mil hab.) quando comparada com a semana anterior (1,03 óbitos/100 mil hab.), demonstrando uma piora no cenário de gravidade da pandemia.
Levantamento preliminar realizado pela SES/SC aponta que, no momento atual, as pessoas com quadros graves de Covid-19 hospitalizadas em leitos de UTI na rede própria estadual são em sua maioria pessoas com idade acima de 60 anos que não receberam a dose de reforço recomendada após 4 meses da completitude do esquema vacinal primário ou estão com o esquema vacinal incompleto. A SES/SC faz um apelo para que todos os catarinenses que estão no prazo para receber a dose de reforço (4 meses), principalmente os idosos, procurem o posto de vacinação do seu municÃpio e se proteja contra o CoronavÃrus.
Considera-se como elemento chave para o momento de alta no número de casos de Covid-19 em Santa Catarina a elevada capacidade de transmissão da variante Ãmicron do vÃrus SARS-CoV-2, cuja transmissão comunitária foi detectada no final de 2021. Além da presença da variante Ãmicron, o cenário epidemiológico apontado nessas primeiras quatro semanas de 2022 pode ser considerado como resultado das aglomerações ocorridas durante as festas de final de ano e o perÃodo de férias de verão, aliadas ao relaxamento na adoção das medidas de prevenção por grande parte população. Isso tem se refletido numa grande procura por atendimento em centros de saúde, unidades de atenção primária e centros de triagem em diversos municÃpios.
A Secretaria de Estado da Saúde alerta a todos acerca da importância da manutenção das medidas de prevenção, como uso universal de máscaras, evitar aglomerações mantendo distanciamento fÃsico de 1,0m entre grupos diferentes, dar preferência a ambientes ventilados e atualizar o esquema vacinal contra a Covid-19, tanto completando o esquema primário de duas doses quanto recebendo a dose de reforço após quatro meses.
O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta de tomada de decisão. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para cada nÃvel, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravÃssimo.