Em comum acordo com os nove vereadores do Poder Legislativo de Capinzal, foi aprovado na noite desta quarta-feira (16), em sessão ordinária realizada no auditório do SINDICADEZAL, o projeto de Lei Legislativo n° 12/2022 que denomina como Estrada Geral Daniel Lago a estrada geral que dá acesso à comunidade de Barro Preto. O projeto teve a sinalização positiva de forma unanime.
Durante a discussão do projeto, os parlamentares falaram da pessoa que seu Daniel Lago era, bem como dos bons exemplos e todos os esforços feitos para contribuir na sociedade. Familiares, amigos e conhecidos estiveram presentes na sessão acompanhando a votação e comemorando a homenagem.
O projeto foi de autoria do vereador Jairo Luiz Hoffmann (PP) e subscrito pelos demais parlamentares. Jairo citou que o legado deixado por seu Daniel faz dele um merecedor pela homenagem. Ouça.
O filho, Paulo Lago, expressou sua gratidão na elaboração da homenagem. Segundo ele, seu Daniel serviu de exemplo e foi um ser humano valioso para a sociedade. Nunca mediu esforços para ajudar na comunidade e no progresso do município. Acompanhe.
Biografia
Daniel Lago, natural de Rio Grande do Sul, nascido no dia 29 de janeiro de 1933, filho de Ricieri Lago e de Alexandrina Teles Lago.
Seu primeiro contrato de trabalho foi com a Pagnoncelli Hachmann S/A em 1º de março de 1969 na comunidade de Barro Preto, aonde trabalhou até 27 de dezembro de 1971; em 12 de janeiro de 1972 ingressou na empresa Zortéa Brancher S/A.
Em 16 de fevereiro de 1974 casou-se com a capinzalense Maria Isalina Bonato, com a qual residia na cidade de Zortéa, mas sua esposa veio a falecer em 16 de dezembro de 1977, portanto, no ano de 1978 retornou a comunidade de Barro Preto em um novo contrato com a Empresa Pagnoncelli Hachmann S/A.
Em dezessete de março de 1979 casou-se com Eva Jeni de Azeredo e Silva, onde em 25 de junho de 1980 nasceu o seu primeiro filho Ricardo José lago e em 08 de outubro 1981 nasceu o segundo filho, Paulo Roberto Lago.
Daniel Lago sempre foi atuante e voluntário na Comunidade do Barro Preto. Ajudou a construir a Igreja Católica, ajudou na construção do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Capinzal, onde era o sócio de nº 41; foi Presidente da APP da Escola Ernesto Hachmann; Foi responsável pelo Fusca do sindicato.
No ano de 1991 tirou sua habilitação já com 58 anos de idade, e, além do responsável pelo veículo, também era o motorista desse fusca.
Sua função era o transporte de pessoas doentes até Capinzal ou até Joaçaba, quando o combustível era bancado pela administração municipal e sua remuneração era custeada pela empresa Hachmann.
Em 1993 ingressou na Prefeitura Municipal de Capinzal, como agente de serviços gerais, onde sua função era cuidar e zelar do patrimônio público (posto de saúde, Creche Fada Madrinha, pracinha, etc).
Além de cuidar do patrimônio o transporte ainda continuava com o veículo fusca, agora remunerado pela Prefeitura Municipal durante a semana e a noite e finais de semana prestava esse serviço de forma voluntária.
Foi aí que começou a história do Tio Nélo, já que a primeira muda de grama, a primeira flor ao redor desses espaços e nos canteiros da rua principal da comunidade foi providenciada por ele, e muitos doentes foram transportados por ele.
Daniel Lago sempre gostou da política. Admirava políticos como Dirceu Carneiro, Pedro Ivo Campos, Paulo Macarini, Casildo Maldaner e outros, sempre citados em suas histórias e prozas. Era filiado desde 1992 ao PMDB do município.
No ano de 1994, Daniel Lago e Eva Jeni Lago se separaram. Assim, Tio Nélo ficou um tempo sozinho, depois conviveu com Adelina Mantovani.
Aposentou-se em 03 de maio de 2000 e, depois, em 26 de março de 2003, passou a conviver em união estável com Maria Izabel Fagundes, na comunidade de Engenho Novo, até a data do seu falecimento, em 15 de maio de 2022.
Daniel Lago (Nelo, Tio Nélo, como muitos o chamavam), deixou 2 filhos, 4 netas e um neto por consideração, muitos afilhados e ainda um legado de amizades, de exemplo de viver em sociedade e de lembranças que, quem o conheceu, jamais serão esquecidas.