A Acadêmicos do Grande Vale conquistou nesta terça-feira (21) o segundo título do Carnaval de Joaçaba. A apuração ocorreu durante a tarde na Avenida XV de Novembro, onde os integrantes das três escolas aguardaram com ansiedade a divulgação das notas atribuídas nos oito quesitos (Alegorias, Bateria, Comissão de Frente, Enredo, Evolução, Fantasia e Mestre Sala e Porta Bandeira), avaliados pela comissão julgadora de São Paulo.
Com o enredo “A Acadêmicos Festeja o Solo Sagrado”, a caçula do Carnaval somou 238,7 pontos. A Vale Samba ficou em segundo lugar com 238,2 e a Unidos do Herval em terceiro com 238,1 pontos.
A Acadêmicos iniciou sua participação no Carnaval de Joaçaba em 2013, desfilando dois anos como convidada para cumprir regulamento da LIESJHO (Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d´Oeste). O primeiro título chegou em 2019, quando a escola derrotou a Aliança, Unidos do Herval e Vale Samba.
Para o presidente Jorge Zamoner, a escola acertou o enredo deste ano. “Senti o que há muitos anos não sentia. O tema criou uma energia, que passou para o lápis, para a fantasia e para a Avenida. Criamos uma linguagem que conversou com o público. Esse é o objetivo da arte, o objetivo da escola e os jurados entenderam a proposta”, comemorou. “O momento é de emoção, mas também de agradecimento a todos os componentes, que abraçaram a escola com muito amor e entrega”, concluiu Jorge.
A Vale Samba, que estava há três anos sem desfilar, ficou satisfeita o com o título de vice-campeã. “É um título bastante significativo pra mim, pois assumi a escola em 2020 com problemas sérios, que impediram nossa participação. Foi um desafio muito grande movimentar a escola novamente. Acredito que fizemos um grande espetáculo”, avaliou o presidente Ademir Lamb.
Já a Unidos do Herval não escondeu a decepção com as notas recebidas em alguns quesitos. A escola Hervalense já iniciou a apuração sendo punida com dois décimos por ter extrapolado o tempo de 60 minutos na Avenida. “Acabamos pecando em alguns quesitos, mas acertamos no conjunto da obra, pois fizemos bonito, com um enredo que comemorou os 40 anos da escola”, disse Pedro Nogueira, um dos dirigentes da agremiação. De acordo com ele, a escola esperava ser coroada com nota 10 em fantasia e alegorias. “Estamos tristes, pois a Unidos veio preparada para ser campeã, mas agora é pensar no carnaval de 2024”, lamentou.
O presidente da Liga, Edemar Gruber, agradeceu todos que organizaram o evento, em especial ao governador Jorginho Mello, que liberou R$ 500 mil para que o evento pudesse ser realizado. Gruber aproveitou o momento para cobrar do prefeito um aumento no repasse de recursos às escolas, que atualmente dividem de forma igualitária a premiação de R$ 600 mil. “As escolas não tem mais condições de fazer um carnaval com este valor prefeito”, disse ao reivindicar o aumento.
O prefeito Dioclésio Ragnini, se comprometeu em avaliar o pedido. “De fato esse valor está defasado, sem correção há muitos anos. Vamos estudar para ver se é possível melhorar”. Ragnini avaliou positivamente o evento deste ano. “As escolas se apresentaram bem e proporcionaram um grande espetáculo. Sabemos que a Liga enfrentou dificuldades para realizar o evento, problemas que eu espero que sejam sanados com organização e pessoas competentes e responsáveis”.
Desfiles
Os desfiles ocorreram na noite do sábado (18) e da segunda-feira (20). A Acadêmicos levou para a Avenida 1.060 integrantes, divididos em quatro carros alegóricos e cinco tripés para exaltar o homem do campo. A Unidos do Herval homenageou a construção civil e os 40 anos da escola através do enredo “Em Construção, com 612 componentes e quatro carros alegóricos. Já a Vale Samba, apostou nas maravilhas do picadeiro com o enredo “O Gran Cirque Universal”, desfilando com 676 integrantes em três carros alegóricos e três tripés.
Fonte: Caco da Rosa
